Então, obrigada.
- beatrizmouchrek
- 7 de nov. de 2014
- 3 min de leitura
Escrito em: 20/10/2014
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Last Love Song - ZZ Ward
Então, obrigada por me tirar daquela mesmice.Sempre foi eu querer e não conseguir ou alguém querer e eu sofrer por não corresponder. Mas com você eu experimentei a sensação de estar por cima, com poder de escolha, e de repente me ver caindo no abismo, um buraco que parece sem fim, cheio de vontade, frustração e saudade.
Saudade pra caramba, saudade de alguns poucos beijos, que me marcaram como se fossem milhares, saudade de sorrisos que eu ainda vejo com frequência, mas que não posso mais interromper com um beijo, de abraços, de palavras, e da sensação boa de te ter por perto e isso me fazer sentir inteira. Hoje estar perto de você não é suficiente, quero te tocar, te ter, te pertencer, o tempo todo.
Não que desse jeito seja bom, mas pelo menos tem sido mais intenso, quando dói, dói muito, quando eu sofro, sofro muito,mas enquanto tava sendo bom,eu confesso que foi alucinante, e eu gosto assim, de montanha russa, embora as descidas sejam lentas e profundas, e as subidas, apesar de serem maravilhosas, passam num segundo e deixam uma cicatriz enorme.Em relação a você não consigo ser daquele meu jeitinho
"vai ou fica, cala ou grita".Tento botar um sorriso no rosto e seguir em frente,e até engano bem, mas ao mesmo tempo eu tô aqui, com todo o meu coração,
e não sei se você já percebeu( e espero que perceba, porque te dizer eu não vou) que eu ainda estou aqui,com tudo de mim, aberta caso você volte. E disso eu não tenho vergonha, não me sinto ridicula por ainda acreditar, ainda ter,lá no fundo a mínima esperança das coisas darem certo, não me culpo por acreditar no amor, ou que coisas boas existem e realmente podem acontecer com todo mundo. É difícil, e muito, te ver toda hora e fingir que não pensei e você o dia todo, que não repasso toda hora na cabeça o que a gente passou, que minha vontade de ter só pra mim é controlável. E nesse momento eu tô aqui, sentada na cama às 2 da manhã de um domingo, morrendo de saudade e você,e olha que te vi há uma semana. Se existe algo pior que saudade, eu não quero conhecer, e não desejo pra ninguém. As vezes eu transbordo, sofro ao pensar num futuro sem nenhuma certeza,e sofro ainda ainda mais ao pensar no passado, em coisas que hoje são apenas lembranças. Mas por não querer viver um presente baseado em um passado sem futuro, eu dou chances pra outras coisas, abro minha mente (porque o coraçao eu não consigo) pra outras pessoas, mas nunca parece suficiente, nunca me parece bom o bastante, e eu sei que não é nada bom te colocar no topo de um pedestal, mas parece que você chega lá sozinho, com seu jeitinho, seu sorriso que encanta tantas por ai. Falando nessas tantas, talvez eu pareça só mais uma delas, que quer provar, ou repetir a dose do seu beijo e pular fora. Mas não sou, eu quero ficar, permanecer ai do seu lado, e fantasio essa possibilidade até lembrar que um relacionamento não pode ser baseado num sentimento unilateral. O ponto é que eu não queria não gostar de você, só queria que isso fosse recíproco, mas se é difícil mexer nos nossos próprios sentimentos, imagina no dos outros? Enfim, eu não sei por quanto tempo essas memórias vão me massacrar, nem se isso vai dar em alguma coisa.Não tenho como saber se estou alimentando algo futuramente real ou se estou jogando meu tempo fora, se nós dois somos uma história complicada que dá certo no final ou se você é só mais uma das pessoas que entram na nossa vida só pra nos ensinar a deixar ir, a ver partir. Quem sabe? Vamos vivendo e deixa que o tempo mostra a verdade.
-Beatriz Mouchrek
Beatriz Mouchrek

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